Marvada
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Com vontade de me ocupar, uma dose de cachaça no copinho de barro e lá vou eu pra cozinha. Na panela, azeite, uns dentes de alho mal cortados, cebola talhada grosseiramente e nacos de bacon começam a saltitar. Acho um bife de fígado solitário, e esse também termina em cubinhos bem miúdos na panela. Um molhada de goela e os pedaços de acem sofrem no fio da faca e vão na panela com um bocado de noz-moscada, sal e pimenta-do-reino. No rádio “Adeus Paulistinha” com Tonico e Tinoco e saudades do meu filho. Cachaça na saudade e uma dose da mesma cachaça “deglaça” o fundo da panela descolando o caramelo criado. Os pedaços de carne vão pra panela e são “selados” à perfeição e cobertos na sequência por um fundo de costela. Cenoura, tomates e tampa na pressão com fogo bem tímido. Esqueço até começar a cheirar. Abro e acerto o sal. Mais caldo e fogo. Cuido, é cozimento lento. Começou a desmanchar, desligo. Arroz branco, cachaça e cama pronta me esperando pra depois do café de coador.
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