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Às vezes, ao evocar o aroma de um prato saboroso, a nostalgia e o prazer me comovem até as lágrimas. Voltam à minha memória o sol esmagador de Sevilha e uma bandeja de cerâmica azul sobre um muro rústico de adobe branco, repleta de ameixas maduras, algumas abertas, oferecendo-se lânguidas ao apetite de uma enorme mosca que se lançava em picada nessa polpa indecente. Sevilha é para mim a fragrância adocicada daquelas ameixas e dos jasmins que enchem o ar de desejos ao entardecer. (Isabel Allende)
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